Até para construir o Céu será preciso imaginação...
Um velho e sábio Mandarim teve um dia o privilégio de visitar o outro mundo.
Visitou primeiro o inferno.
Por mais estranho que parecesse, era um lugar lindíssimo, cheio de jardins, de aves raras, de lagos azulados, de montanhas rosadas cujos cimos brilhavam ao sol.
No centro desse lugar conduziram-no a um palácio maravilhoso onde numa esplêndida sala de jantar, eram servidas às pessoas as mais deliciosas iguarias confeccionadas com arroz.
No entanto toda a gente tinha um ar famélico e infeliz. E o velho Mandarim compreendeu porquê quando reparou que, para servirem, lhes tinham distribuído pauzinhos com dois metros de comprimento, com os quais lhes era evidentemente impossível levar a comida à boca.
Angustiado por este espectáculo, pediu que o conduzissem depressa ao Céu.
Aí, surpreendido, verificou que a paisagem era idêntica à do inferno.
E, num belo palácio, em tudo semelhante ao primeiro, encontrou o mesmo banquete, preparado com as mesmas iguarias.
Apenas no rosto das pessoas via uma expressão tranquila, saciada e feliz, que admirava tanto mais, quanto os vias empunhar os mesmos pauzinhos com dois metros de comprimento.
Observando melhor, notou então que cada pessoa, com os seus pauzinhos, dava de comer à que se sentava defronte.
Conto chinês
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1 comentário:
Quem não tem cabeça fica no inferno e quem pensa sobe ate ao céu...não é mal pensado...dizer aos padres pra adoptar esse método...
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